A oficina "Minha Comunidade na Mídia" integrou a Semana de Recepção aos calouros dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
(Encontro remoto para a realização da oficina "Minha Comunidade na Mídia". / Foto: Arquivo pessoal)
Democratização da comunicação foi tema da oficina "Minha Comunidade na Mídia", realizada pelo Projeto Midiando no dia 11 de maio, na abertura do primeiro semestre letivo de 2021. O evento foi aberto ao público e ocorreu de forma remota devido à pandemia de Covid-19. Na ocasião, os participantes puderam desenvolver produções pensando na representatividade local.
O conteúdo formativo teve como base a cartilha "Cidadania Comunicativa Descomplicada", lançada pelo projeto recentemente. A oficina integrou a Semana de Recepção aos calouros dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Estudantes da UFC e de outras universidades participaram do momento de formação, conduzido pelos bolsistas voluntários do Midiando Ana Vitória Marques, Guilherme Sampaio e Lais Oliveira. Durante a oficina, foram abordados os impactos da concentração midiática no Brasil e a necessidade de democratização da comunicação. Além disso, os voluntários do Midiando apresentaram algumas iniciativas de jornalismo independente, rádios comunitárias e TVs públicas.
Ao final da oficina, os participantes foram orientados a realizar uma produção com foco em sua realidade local. O conceito de "comunidade" proposto no nome da oficina foi apresentado de forma mais ampla, não se limitando ao aspecto geográfico, mas abrangendo também grupos de pertencimento social.
O objetivo era instigar uma reflexão sobre enquadramentos e estereótipos midiáticos. O formato era livre e os voluntários apresentaram algumas sugestões e exemplos como apoio. Também era permitido que os participantes enviassem produtos previamente realizados que estivessem de acordo com a proposta da oficina. Artigos, matérias, colagens, ilustrações e fotografias estão entre as produções recebidas pelo Midiando como resultado da atividade.
Confira a seguir as produções da oficina "Minha Comunidade na Mídia"
Pâmela Rocha, 19 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda (UFC)
"Essa é a comunidade em que eu 'cresci', a cidade de São Gonçalo do Amarante, moradia da minha avó."
Gisele Araújo Ferreira, 18 anos, estudante de Publicidade e Propaganda (UFC)
“Venho da Serra da Ibiapaba, da cidade Tianguá. Vou compartilhar fotos mostrando o ambiente da cidade!"
Antonio Filho, 19 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
"Colagem autoral sobre representatividade LGBTQIA+."
Lennon Cordeiro da Silva, 24 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda (UFC)
"É uma foto do local onde eu vivo (Curió, em Messejana, Fortaleza) e um pequeno poema ao lado sobre o sentido da liberdade dentro da minha comunidade."
Paulo Henrique da Silva, 20 anos, estudante do curso de Administração Pública /Unilab
Vitor Sousa Duarte, estudante do curso de Publicidade e Propaganda (UFC)
Karla Sudemara, 18 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda (UFC)
"O registro é de um campinho improvisado no final da minha rua no bairro Bela Vista. O propósito dessa foto é mostrar que dentro da comunidade periférica não há só criminalidade, como é mostrado na maioria das vezes nos meios de comunicação."
João Victor Oliveira Rodrigues, 18 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
Giselly Correa Barata, 19 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
"A comunidade que mais me identifico atualmente é da turma dos que estão pirados na pandemia."
Denis Castro, 20 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda (UFC)
Ana Chaves, 20 anos, estudante do curso de Educação Física (UFC)
Isabella Rifane, 18 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
Samilly Benicio, 18 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda (UFC)
"A foto foi feita em Pindoretama, em 2019."
João Kleber, 18 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
"Fotos de entrevista com a Cacique Madalena da tribo Pitaguary de Maracanaú e da mangueira centenária onde é realizada o rito do toré pelos membros da tribo."
Nicole Souza, 17 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
"A colagem a seguir representa a quantidade de alimentos desperdiçado na escola na qual eu cursei o ensino médio (EEEP Júlia Giffoni). Em 2018, iniciamos um projeto que tinha como base reduzir a quantidade de alimentos desperdiçado diariamente, através do reaproveitamento e o incentivo ao consumo consciente. Continuamos com o projeto até 2019 e obtivemos ótimos resultados."
Francisco Arlyson Lima Costa, 18 anos, Publicidade e Propaganda (UFC)
"Decidi fazer uma pequena entrevista com Bruna Larissa e Isabelle Rodrigues, colegas que fazem cosplay. Uma comunidade que existe no Brasil, no entanto os vínculos dessa organização são muito restritos ao próprio círculo social do grupo. Visto isso, eu decidi entrar um pouco nesse mundo para descobrir um pouco sobre de onde vem a inspiração para dar vida aos personagens."
Alessandro Fernandes, 19 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
"Decidi produzir uma matéria jornalística sobre a rotina invisível dos/as trabalhadores/as no campo."
Confira a reportagem original: https://alessandromfernandes.blogspot.com/2021/05/rotina-invisivel-dos-trabalhadores-no.html
Évila Silveira, 18 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
Tamara Esmel, 23 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
Modelo: Déborah Tamara
Nicolas Bastos, 18 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda
"O vídeo é uma declamação de um poema autoral meu que se chama "Resistência" ele é sobre transgeneridade e foi publicado pelo coletivo Oxe Lgbt NE, que é um conjunto de escritores queer e nordestines."
Rogério Bié, 20 anos, estudante do curso de Jornalismo (UFC)
Livro-reportagem "Casa: Memórias em Fotografia".
"A 222km de Fortaleza está localizado o município de Santa Quitéria, o maior em extensão territorial do Ceará. Terra do famoso açude Edson de Queiróz - Serrote no popular - é ocupada em sua maioria por áreas de zona rural, onde se localizam os assentamentos conquistados pelos movimentos de reforma agrária. Foi em uma dessas comunidades onde cresci, vivendo a pacata vida no roçado que por vezes fica agitada. O Assentamento Pintada é duma típica vila de rotina provinciana que começa a perceber as transformações do agora. A igrejinha recém-construída, o açude sem água que simboliza a esperança da chuva por vir, um "Feliz Natal" de 2011 na lousa da escolinha há anos fechada e uma garrafa de água ao pé do rádio. Memórias que se misturam com os desafios da Educação à Distância, a chegada das redes sociais, as tensões sociais de um país em ebulição e o contraste entre o ontem e o hoje. A Família, um lar atemporal. Aqui estão registradas memórias de pessoas, lugares e histórias que muitas vezes passam por aqueles que vão e vêm mas são esquecidas. De vidas que acontecem no agora. De um lar... Uma Casa."
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